quarta-feira, 17 de agosto de 2011

SEMINÁRIO INTERNACIONAL "CRIANÇA E ADOLESCENTE" ... QUE CAMINHOS SEGUIR DE INTERSETORIALIDADE ...O QUE HÁ DE DESTAQUE?





Na noite do dia 16 de agosto/11 pude participar do Seminário Internacional "CRIANÇA E ADOLESCENTE: Abordagem Psicossocial e Intersetorialidade" promovida pela Escola Superior de Ciências da Saúde, que teve em uma das mesas a competente colega e Conselheira de Direitos da Criança Denise Ocampos, que é chefe do Núcleo de Saúde integral Adolescente e Subsecretaria de Atenção Primária da SES/DF.

Não temos dúvidas que Atenção Primária via o Programa da Saúde da Família com integralidade e os atributos que o caracteriza pode confrontar em muito os problemas de saúde mental que é agravada pelas condições de pobreza e de exclusão de crianças e adolescentes em territórios de abandono. E a relação entre o CT e as Equipes da Saúde da Família em quase tudo se identificam na garantia dos direitos que os CTs propugnam. Apenas lamenta-se que a cobertura populacional, devido a opções equivocadas de governos passados, das Equipes de Saúde da Família é de apenas 13,36% do DF. Esse indicativo estatístico nos provoca para uma luta tão necessária quanto a história recente dos CTs a fim de alcançar o status atual de 33 Conselhos Tutelares em quase todas as RAs, se compararmos aos 10 existentes de 3 anos atrás.

Outro ponto do Seminário que mereceu destaque foi o pronunciamento da Ana Angélica ( MDS) que apresentou a pesquisa da FIOCRUZ quanto aso Serviços de Acolhimento. Podemos encontrar essa pesquisa e uma análise no site do MDS.

Mais ainda merece destaque a fala do Dr. Charles Watters - da Universidade de Rutgers - USA, acerca das últimas pesquisas e de sua abordagem integral de direitos com crianças refugiadas, sobretudo considerando que a Resiliência dessas crianças em situações tais afere-se na proporção do protagonismo e participação em sua nova história de vida no pais que as acolheu e as incluem nas politicas públicas. Podemos dizer que o CONANDA, os CONSELHOS DE DIREITOS e o MDS tem toda a razão de efetivar com radicalidade o EIXO DO PROTAGONISMO INFANTO JUVENIL para a superação da situação atual que padece essa faixa da população brasileira.
Em outras palavras: as crianças e adolescentes brasileiras não são refugiados, mas em boa medida, podemos dizer que são exilados no seu próprio país, e esse fato cruel só será superado com a participação politica e a construção da cidadania quando forem tratados como SUJEITOS DE DIREITOS.

Vamos em frente companheiros e companheiras!

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