sábado, 23 de outubro de 2010

MANHÃ DE SOL NO PLENÁRIO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DO FORUM NACIONAL DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (FNDCA).

Em plena luz do dia em 22 de outubro de 2010, crendo no Outro Mundo Possível, o FNDCA, num total de 69 participantes de 21 Estados, reuniu-se com jovens sentados à mesa, servindo o prato da participação que esbanjavam esperanças de mudanças sociais.

Renato Rosendo nos brinda com a fala acerca do tema central “INCIDÊNCIA DA SOCIEDADE CIVIL” na perspectiva e expectativa de FNDCA forte a construir o novo paradigma. O presente ainda se assenta em muito sobre a hegemonia das práticas cativas e capturadas no continuísmo da história oficial.

Entre tantos conteúdos colocados à nossa reflexão pelo cientista político, temos a liberdade de dar uma versão extra oficial, resumindo em 10 IDEIAS FORÇAS que nos ajudarão a auto-compreensão enquanto militantes audaciosos:

1. O que cabe dentro do conceito de “Sociedade Civil Organizada” está permeado e contradições da história e não permitem análises monotemáticas, daí a complexidade do assunto;

2. A saída do receituário neoliberal é deixar de direcionar demandas apenas ao Estado, não bastando reclamar ajustes e reformas institucionais. Nessa direção não há horizonte político de redução da pobreza;

3. Não permitir que fiquemos presos e vencidos pela ideologia para nos atuar como meros militantes da ordem institucionalizada que agudiza e perpetua a violência estrutural sobre os fora do mercado;

4. Recuperar o político do ambiente social que se se tornou deteriorado e nos perguntar permanentemente: QUEM SOMOS se afirmará na produção anti-hegemônica;
5. Não compactuar com o fascismo societal que almeja o controle e a disciplina dos comportados que não aderem ao mercado. “Matar os matáveis” + “prender os não comportados”;

6. Radicalizar a democracia contra a flacidez ideológica reinante que tolera a desigualdade e fecha os horizontes;

7. Romper com a administração da pobreza e não aceitar o “deserto do real” para retornar ao valores republicanos;

8. A fala pelo sujeito não mais se legitima, pois o real administrável é fala entre sujeitos todos protagonistas;

9. Alongar o presente é ser membro da orquestra do Titanic para morrer de frio e isolamento, afundando-se no esterco que a produção capitalista suja o planeta.

10. Fazer narrativas que destoam do monopólio da interpretação oficial.

Essas ideias forças se completam. Vamos investir na recuperação do conceito de INCIDÊNCIA como INCISÃO, CISÃO, RUPTURA COM A ORDEM HEGEMÔNICA, DE-CISÃO QUE LASCA A DUREZA DO SISTEMA EXCLUDENTE MARCANDO COM OS GOLPES INSISTENTES DE NOSSA AÇÃO NA DEFESA DOS DIREITOS.

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